26.12.07

declaração

eu declaro que não vou abrir mão de nada daqui pra frente. o que é meu é meu. o que é dos outros é meu também. o que é público é de meu domínio. é isso. eu não vim aqui pra fazer vento. sou mais eu e reconheço, eu quero é ver o oco. cariocas que se preparem! eu tô aqui e não tô de brincadeira!

20.12.07

INFERNO

é nisso que minha vida se transformou ultimamente...

All Star

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as índias mas a terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário

Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem ficou pra hoje

Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu all star azul combina com o meu preto de cano alto
Se o homem já pisou na lua, como eu ainda não tenho seu endereço
O tom que eu canto as minhas músicas para a tua voz parece exato

* Nando Reis

** Incrível, eu sempre fui apaixonada por essa música, desde a primeira vez que escutei. Já cantei para uma pessoa. Também já cantaram pra mim. Essa semana mesmo uma pessoa me disse que toda vez que a escuta pensa em mim, que ela é a minha cara. Depois de alguns compassos na vida, hoje ela faz mais sentido que tudo. Logo mais, estarei em Laranjeiras, só que vou estar no 4, que é o meu andar!



tem muita gente com tempo de sobra lá. mas confesso que fiquei assustada ao ver o local do ip que acessou meu blog. só rindo, mesmo...

O Show Tem Que Continuar

Teu choro já não toca meu bandolim
Diz que minha voz sufoca teu violão
Afrouxaram-se as cordas e assim desafina
Que pobre das rimas da nossa canção
Hoje somos folha morta
Metais em surdina
Fechada a cortina
Vazio o salão

Se os duetos não se encontram mais
E os solos perderam a emoção
Se acabou o gás
Pra cantar o mais simples refrão

Se a gente nota
Que uma só nota
Já nos esgota
O show perde a razão

Mas iremos achar o tom
Um acorde com lindo som
E fazer com que fique bom
Outra vez o nosso cantar
E a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O show tem que continuar

Se os duetos não se encontram mais
E os solos perderam a emoção
Se acabou o gás
Pra cantar o mais simples refrão

Se a gente nota
Que uma só nota Já nos esgota
O show perde a razão

Mas iremos achar o tom
Um acorde com lindo som
E fazer com que fique bom
O utra vez o nosso cantar
E a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O show tem que continuar

Nós iremos até Paris
Arrasar no Olímpia
O show tem que continuar

Olha o povo pedindo bis
Os ingressos vão se esgotar
O show tem que continuar

Todo mundo que hoje diz
Acabou vai se admirar
Nosso amor vai continuar

* Arlindo Cruz/Sombrinha/Luiz Carlos da Vila

** cantei e dancei tanto essa música no final de semana. ela é a cara de quando encontro com a omar e a emília! nega da minha vida, o show sempre vai continuar e nós não perdemos o tom jamais! meu amor por essas duas mulheres é eterno!

19.12.07

finalmente eu compreendi. o exato momento entre ser e estar. catarse. a vida vomitando de mim. era preciso, pelo instante que se acabou. foi-se tudo. imensidão. choro puro de alívio. sempre há o momento preciso dos acontecimentos. ainda que seja de sobressalto. sem aviso, sem demandas. poderia ter sido menos doloroso, eu confesso, mas era necessário. agora, sozinha comigo mesma, começo a assimilar a sucessão dos fatos. acasos maquiavelicamente planejados. ainda sinto raiva da minha falta de postura. só desculpada pelo inesperado. no entanto, a ampulheta continua a girar. com a certeza de novos tempos.

catarse: catar em mim tudo que não me pertence, tudo que repudio, achar nos buracos mais escuros todo sentimento encruado e putrificado, cutucar, ruminar e vomitar tudo. sem eira nem beira. sem a menor preocupação com o mundo que me cerca. assim, só me preocupando comigo.

18.12.07

não sei o motivo, mas hoje fez o dia mais lindo que já pude ver no rio de janeiro. não sei se era o horário cedinho da manhã. não sei se era o sol refletindo na água e deixando toda a orla dourada. não sei se eram meus olhos. só sei que foi uma manhã incrível e que não quero esquecê-la.

17.12.07

catarse

Acepções
■ substantivo feminino
1 na religião, medicina e filosofia da Antiguidade grega, libertação, expulsão ou purgação daquilo que é estranho à essência ou à natureza de um ser e que, por esta razão, o corrompe
1.1 Rubrica: religião.
no orfismo e no pitagorismo, período de purificação por que a alma desencarnada deve passar até que, apagadas as marcas dos crimes cometidos em sua última existência material, possa ter acesso a uma realidade superior ou reencarnar em um novo corpo
1.2 Rubrica: religião.
conjunto de cerimônias de purificação a que eram submetidos os candidatos à iniciação religiosa, esp. nos mistérios de Elêusis
1.3 Rubrica: filosofia.
no platonismo, libertação da alma em relação ao corpo por meio da renúncia aos prazeres, desejos e paixões, iniciada ainda em vida mas só completada com a morte
1.4 Rubrica: estética.
no aristotelismo, descarga de desordens emocionais ou afetos desmedidos a partir da experiência estética oferecida pelo teatro, música e poesia
1.4.1 Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: estética, teatro.
purificação do espírito do espectador através da purgação de suas paixões, esp. dos sentimentos de terror ou de piedade vivenciados na contemplação do espetáculo trágico
Obs.: p.opos. a distanciamento
2 Rubrica: medicina.
evacuação dos intestinos
3 Rubrica: psicanálise.
operação de trazer à consciência estados afetivos e lembranças recalcadas no inconsciente, liberando o paciente de sintomas e neuroses associadas a este bloqueio
4 Rubrica: psicologia.
liberação de emoções ou tensões reprimidas, comparável a uma ab-reação
5 Rubrica: psicologia.
efeito liberador produzido pela encenação de certas ações esp. as que fazem apelo ao medo e à raiva, utilizado pelas terapias que se baseiam no método catártico


Etimologia
gr. kátharsis,eós 'purificação, purgação; mênstruo; alívio da alma pela satisfação de uma necessidade moral; na acp. de rel 'id.'; ver catar-

* Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa

** Resumo do final de semana entre lágrimas, vômitos e soluços

14.12.07

é assim, um dia é nada, no outro é tudo. minha instabilidade me incomoda um pouco. já deixou de ser uma marca registrada pra virar grande defeito. há dias que nem eu mesma me suporto. mistura de sentimentos. inconformismo e alucinação. noites em claro. fumaça de mim. tão desmembrada que já sou várias. nem eu mesma me reconheço. brilho nos olhos, imensidão. lágrimas e risos. sozinha, atada, perdida, partida. é assim, um dia depois do outro.

13.12.07

O AMOR

Ressuscita-me,

nem que seja porque te esperava como um poeta,

repelindo o absurdo quotidiano!

Ressuscita-me

Nem que seja só por isto!

Ressuscita-me!

Quero viver a vida que me cabe!

Para que o amor não seja mais escravo

De casamentos, concupiscência, salários.

Para que, maldizendo os leitos, saltando dos coxins,

O amor se vá elo universo inteiro.

Para eu o dia, que o sofrimento degrada,

Não vos seja chorado, mendigado.

E que, ao primeiro apelo:

- Camaradas!

Atenta se volte a Terra inteira.

Para viver livre dos nichos das casas.

Para que, doravante, a família seja

O Pai, pelo menos o Universo;

A Mãe, pelo menos a Terra”.


* Vladimir Maiakovski

11.12.07

Juízo Final

O Sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente

É o juízo final
A história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer

O Sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente

* Nelson Cavaquinho/Elcio Soares

10.12.07

definitivamente, a vida anda passando a mão em mim. quando uma coisa se encaixa, mil despencam na minha cabeça. parece que ando vivendo o tufão da vida. porra de retorno de saturno. a sensação é que eu estou um passo atrás do que deveria estar, sempre. eu saí do sério e não sei bem que rumo tomar. preciso de novo fôlego e de um pouco de carinho. hoje, mais que nunca, eu preciso do abraço da minha mãe, porque não estou segurando a onda sozinha. sabe aquele abraço que a gente chora bem muito, sem vergonha nenhuma, sem explicação nenhuma, só chora até cansar... ai, eu não quero mais ser adulta e não quero mais problemas. a roda não engrena e eu já estou engripando. quero mais isso, não... cansei.

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2007

Amigo Ãyres querido!

Rapá, que falta que você faz.
Ontem, depois de nossa conversa telefonística, a saudade bateu mais forte ainda.
Depois de tanto ouvir da sua boca que eu sou sua amiga mais homem, retribuo o elogio, você é meu amigo mais mulher!
Incrível como você, macho convicto que eu sei, me entende perfeitamente. Aliás, é a pessoa que mais compreende meus anseios, dúvidas e desesperos.
Acho que é por isso que somos amigos há tanto tempo e que mesmo você morando em um país diferente por ano, continuo te querendo sempre por perto, mesmo que seja via fone. Mesmo que só você me ligue, porque sabe que eu sou uma pobre miserável e que não tenho a menor condição de fazer DDI e falar a vontade contigo.
Bateu saudade de nossas noites longas de muita conversa. Dos shows pernambuco embalados por muita doidera.
Lembrei da gente no Mundo Livre e nossa onda piração. Tão loucos e tão encontrados. E da noite com seus amigos (bizarros, diga-se) na minha casa. Rapá, eu nunca te contei, mas gravei aquela coisa toda no radinho de entrevistas. Foi hilário descobrir que homem tem ciúme de homem, igual mulher. Eu já ouvi aquela fitinha k7 várias vezes. Fabião revoltado. Marcelo mais ainda porque o Fabião que foi comprar cervejas contigo. E eu, bem, eu roncando no sofá, porque você sabe que eu sempre durmo quando o papo fica assim, interessante!
Só ontem me dei conta que sou sua ex-dinda. Aliás, só ontem descobri que fui sua dinda e não sou mais...
Mas o tema dessa cartemail é que eu sinto sua falta. Você faz falta a todo tempo. Queria ir ver The Police e tomar cerveja na Lapa contigo. Queria ir passar o Natal na Irlanda e Ano Novo em Londres contigo. Queria poder receber seu abraço nos momentos de solidão.
mas eu estou feliz pra caraio que seus dias andam ótimos, que você quer se preocupar cada vez menos e está conseguindo e que alguém, nesse mundico de meu deus, está ganhando dinheiro...
E amigo, se você fizer menção de voltar pro Brasil, pode ter certeza que eu vou te enfiar no mundo das produções novamente, não adianta vir com o papo de que cansou dessa vida, porque eu sei que o bichinho que me corrói é o mesmo que te anda nas veias.
Nego, é isso e mais tudo que você já sabe, meu querido!
Tamos ae na luta, pro que der e vier.
Estarei sempre pronta pra te ajudar, pra gente rir ou chorar abraçados ou por telefone, mesmo.

Te quiero, guapo!

Se cuida!

beijones

Camis (ou Camilets, como preferir!)

Obs: se nada der certo nunca, prepara os papéis, que eu chego na área! Adorei essa idéia. Mas você sabe, eu não quero sair do Brasil, nem nunca aceitei suas propostas...

SUFOCADA!

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Deixem que eu faça o que eu quero fazer!
Pelo que me consta, a vida é minha, os planos são meus, se alguém destroça, sou eu!
Não devo nada a ninguém, não me importa se alguém se preocupa comigo. Ninguém tem direito de se meter com meus problemas. Até porque eu não pedi a opinião de ninguém...
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Não gastem tempo se preocupando com a minha vida, por favor!

Ufa, desabafo!

6.12.07

“Pena é não haver manicômio para corações, porque para cabeças há muitos”.

* Florbela Espanca

4.12.07

hoje eu percebi que muito do que eu acreditava ter superado ainda está totalmente enraigado em mim. tão em mim que chega a ser eu inteira. por isso que ainda estou em grande parte me procurando nos lugares. é a minha não assimilação de que sou feita de muito do que não me desceu pela garganta. meu motivo de mudança. a razão do descontentamento. como se mudar de ares pudesse tirar de mim o que eu não concordo. e a percepção cruel de que as coisas me acompanham por onde eu vou. complicada a existência humana. difícil aceitação de que ainda me dói a carne pelas injúrias vividas. peso nas costas. sentimentos. refutar a alma. enfim, um novo ano remoendo os velhos temas.

rio de janeiro

IN
TENSO
S(C)IDADE