16.7.08

devaniando pelos cantos. perdida, só, aflita. como se não fosse coisa o que tanto me perturba. destruição anunciada. passos largos, angustiada. se vai o sono e as olheiras permanecem. como sombras espalhadas pelo rosto. ferida aberta. porque muito sinto e palavras não exprimem o que acontece em meu peito. ventre se contorce, corrompe. é tudo como sempre foi, mas agora é bem diferente. já não sou mais a menina vadia que andarilhava pelas ruas. já não me pertenço, embora seja tão minha. tavez seja essa a angústia. começar a criar raízes. fincar o pé e virar na cama. porque sem você parece que falta alguma coisa. tudo parte emendada e já grudada. porque sem você o dia passa lento, as buzinas ressonam e é tudo atormento. pompéia perde um tanto da graça e a cidade fica assim, meio insosa. é que na verdade, ao seu lado, a vida ganha asas e eu me perco encontrada.