é não adianta. chega o dia que ando e ponto. tudo conspira. o fato é que não consigo dar fim a nada. até me esmero e boto empenho. mas sempre, sempre me enrosco e vou arrastando um fiapinho da meada. quando dou por conta já emaranhou tudo. fica aquele gosto de amargo na garganta. tudo não degludido. e já não dou conta do que sou ou fui ou era. só porque não sei dar fim aos meios. do mesmo jeito que saio da festa sem dar tchau. confunde tudo e vira um acaso. aquela sensação de tempo perdido. fazendo algo que não quero mas não sei dizer direito. ou que quero ainda que sem querer. parecido muito com dançar a música que estiver tocando. talvez porque seja mais fácil e prático. incluindo aí um certo ostracismo que acompanha a maré. como se apenas eu estivesse parada na pista enquanto todos arrastam a marcha rotineira. tão banal que passa como corriqueiro. fico assim, com a cara colada na vidraça. olhando a chuva que ainda não cai do lado de fora. vasculhando os espaços que me somam. meros compassos de solidão.
4.5.07
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1 Comment:
Pow...reflexão pura e simples. Sentimentos escritos praticamente. Particularmente eu gosto deste tipo de texto, então parabéns, muito bom o blog.
Um grande abraço.
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