irrita tanto. minha altivez e maneirismo. esse maldito tique nervoso. boca de sapo, boca de coelho. aqui, escandalizada, me corroendo. como se não fizesse metade de nada. que foi simples, fácil e puramente banal. superficialidade nos entornos. contornos de um corpo marcado de vida. borbulha, inflama, chama. cada cicatriz que eu não vejo. irrita. essa minha morte mal morrida. imperceptibilidade e cegueira. complascência. passando por cima de qualquer sentimento. aniquilando em mim o que há de mim. incomoda a minha leseira. essa cara de tacho mal amarrada. estupidez e demência. mordo o lábio, aperto os dedos. pra ver se fica um pouco mais fácil. irrita muito. você e sua pasmaceira. olhar desviado e riso de nabo. fingindo ser o que já não é. só pra ver a minha cara de otária. não desce, nem com shot, nem com golada. fica ali. enlatado, incruado, dissimulado. um passo e um arremesso. as chuvas da tempestade. e por isso eu me amaldiçou. corto a carne. estampo a boca. passo o pano em tudo que aparece. bebo os litros da dispensa. até uma tal coisinha que me deixa de pernas pro ar. perco a festa. estrago o vestido. isso me tira do sério. ainda mais porque permaneço intacta. como se tudo fosse nada. como se não houvesse limites. mas há, sempre é limítrofe. como meu amor.
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