Ressuscita-me,
nem que seja porque te esperava como um poeta,
repelindo o absurdo quotidiano!
Ressuscita-me
Nem que seja só por isto!
Ressuscita-me!
Quero viver a vida que me cabe!
Para que o amor não seja mais escravo
De casamentos, concupiscência, salários.
Para que, maldizendo os leitos, saltando dos coxins,
O amor se vá elo universo inteiro.
Para eu o dia, que o sofrimento degrada,
Não vos seja chorado, mendigado.
E que, ao primeiro apelo:
- Camaradas!
Atenta se volte a Terra inteira.
Para viver livre dos nichos das casas.
Para que, doravante, a família seja
O Pai, pelo menos o Universo;
A Mãe, pelo menos a Terra”.
* Vladimir Maiakovski
13.12.07
O AMOR
* Camis às 19:12
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2 Comments:
Não sei se ressucita
Mas deixa gente aflita
Esse tal do amor
Eu o acho coisa bonita
Mas há quem evita
Sente pavor
Mas como sou dado ao olor
De lapidar um rubor
E fazer ouro da pepita
Digo sempre cuidado com o andor
E basta atiçar o ardor
Que o peito pra sempre palpita...
Camiles,
Adoro esse poema de Maiakovski, já postei ano passado no meu blog.Caetano colocou musicou esse poema e Gal Costa dá um show de interpretação.
Beijos,
Pedro
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