relendo tudo e procurando nada. folhas e folhas de papel. muitas fotos pelo meio. até aquelas que escondi dentro do livro de captação de recursos e mercado cultural. foi engraçado encontrá-las. espalhei uma a uma pela cama. já não dizem nada e significam tanto. o alto do pico do papagaio. cachoeira dos macacos. cachoeira das fadas. o vale do matuto realmente é encantador. vale das bromélias. vale das borboletas. minas geraes e todos os seus cheiros. lembro das casas com alpendre. pé de couve no quintal. café no bule com pão de queijo e broa. causos e causos na lareia do seu dito. gosto de guraná. a vaca mojando. tinha também uma única búfala perdida. o pássaro preto que adorava cafuné. ladeiras de minha adolescência. cada passo um tropeço. matava aula pra ir pra caixa d'água. tudo tão instante. constante. tinha também sempre missa, capela e procissão. minas não existe sem seus santos. tem fé e glória. libertas quae sera tamem. tem a praça. é, não pode faltar a praça. trenzinho, bexiga, pipoca, fonte, centro. em algumas cidades o povo dá voltas e voltas pela praça. um processo contínuo e supostamente sedutor. tem banda também, sempre. coreto e sino. pôr-do-sol com direito a vista. seca e água. inspira e respira poesia nas ladeiras de ouro preto. marília de dirceu. festival de inverno. fonte dos amores. bondinho de poços de caldas. horizote de belô. congada em santana. pastel de milho e caçulinha. nostalgia que inebria.
11.2.07
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1 Comment:
Depois de um longo e tenebroso inverno, os PAPIROS DE ALEXANDRIA voltaram
http://papiros.zip.net
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