10.4.07

corpo
oco


sentindo que o tempo passa os dedos nas minhas pernas.
logo, logo, caminhar intenso.
mas os corpos, esses ganharam novo volume.
densidade, simetria.
é tudo tão nosso que perdeu o eixo.
a vida anda adquirindo ritmo frenético.
e o sexo, esse já virou banal.
tão corriqueiro que perdeu a graça.
bom mesmo é no meio de quatro paredes.
nada, mais nada.
dois juntos formando um.

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