fechei a janela. primeiro desdém do meu amor. foi tão singelo e muito significativo. confesso que não foi fácil. tive ajuda externa da minha flor. soprando no meu ouvido que era hora de fechar a janela e abrir a porta da vida. todavia, fechei a janela. mas veio de longa data o processo lento. primeiro foi a retomada do meu velho jeito. aquele mesmo que estava escondido na gaveta. chamei a beleza. cortei o cabelo. pá. nova em folha. recuperar a auto-estima. sozinha, dançando na pista. até pomada foi pras cabeças. primeiro foi um, depois foi o outro e outro. lembrei do que já havia quase esquecido. olhei meu corpo. então cheguei naquela fase do desapego. querência querente desejante. tudo ganha um ar assim, sexual. parece que brota, aflora. camas, plumas e fronhas. até o dia que fechei a janela. sem explicação e pedidos de desculpas. com o coração doendo. tem que haver um fim para tudo.
12.4.07
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