27.11.07

como se eu fosse feitas de escamas e cinzas, diluo-me no caos. o caos que instaura o tempo e aniquila qualquer possibilidade. tempo do tempo de uma saudade. viscosidade e efervescência. turbina e multidão. fragmentos soltos e explodindo no espaço. espaço oco do meu corpo. trêmulo, opaco, nebuloso. virtude e desabedoria. reapertar a tecla. dois passos e um pulo. porque há vida, sempre.

1 Comment:

Salve Jorge said...

Se fosses toda escamas
Ainda assim eu cederia
Ao arbítrio de tuas tramas
E se cinzas seria
Ainda assim eu saborearia
A grandiosidade do teu caos
Levaria-te pelo mar
Em perdidas nau
Para perderem-se no teu corpo oco
Que perder-se contigo é pouco
Bom é esquecer-se do final
E sorver-te como um louco
Toda essa sua vida
Nunca opaca
Muito mais colorida...