senti sua boca percorrendo minha barriga. pude até sentir sua respiração. vislumbrei nossas sombras juntas. penumbras. ai, acordei suspirando e querendo você...

feliz, feliz!

mais um filho semi parido!

agora só de olho na programação da virada cultural...

por enquanto está assim:

00h00 - MIS - Paulinho da Viola
03h00 - Teatro Municipal - Jards Macalé
04h00 - Praca do Anhangabaú - Gerson King Combo

ainda falta preencher as lacunas...

Sim, pode ser que eu seja.
E sendo, pode ser que surja.
Pode ser que eu saia de um buraco ou brote.
E pode ser que bruto eu caia do céu.
Pode ser que do céu eu venha de uma ave.
Pode ser que a ave tenha um ninho ao chão.
Pode ser que a terra seja casa passageira.
Ou pode ser que eu saia de uma nuvem do chão.
Uma nuvem de poeira.
Mas pode ser que eu não queira.
Aí, melhor que o mundo não insista.
Pois pode ser que transtornado eu mude e nasça.
Ou pode ser que calado eu nem exista.

* mario liz

frase atual:

sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, sonho que se sonha junto é realidade!!!!

quando a gente faz um curta sem dinheiro, esse fica sendo o lema de tudo.

ok, vcs ainda vão ouvir falar muito do curta que estou fazendo. não tenho a menor dúvida disso. aguardem e escutem os buxixos.
assim que puder, darei notícias.

a sua pele negra aumenta minha palidez.
entre a gente é tudo assim, preto no branco.
é apenas um bichinho. putinho. michê.
fecha a boca e me esquenta.
é assim mesmo, sem conversa nem romance.
tudo na carne e nenhuma essência.
assim que eu gosto de você.
uma pena você não compreender.

é assim que eu gosto: passando calor dentro de um set!

essa sensação de que o estômago vai sair pela boca me dá tanta alegria.

é, tem gente que é louca mesmo!

a vida pulsando...

é, eu tentei. arrumei outra coisa. falei pra todo mundo que não iria mais produzir. mudei de ares. encarei o desconhecido. abri mão da GNT. daí veio o denis e seu curta. não resisti a tentação de participar de um projeto que eu considero do caralho. acabei aceitando. daí vieram os imprevistos do curta. fomos superando os obstáculos. encontramos os tais atores que eram impossíveis de achar. e nos deparamos com as datas. é, data é coisa difícil quando não se tem dinheiro. comecei a sentir o céu baixando na minha cabeça. muitas dificuldades ao longo do trajeto.de repente mudou tanto e eu descubro o feriado. um dia apenas de pré produção e dá tempo até de mudar de novo. a veia pulsou mais forte que o coração. é impossível negar o que é um talento. enfim, é isso. produção é o mal que me sustenta. e eu voltei. estou pronta pro que der e vier. estou de volta ao mundo fascinante e mágico do audiovisual. imagem em movimento é o tesão que me consome e me alimenta. não vivo sem, apenas.

A noiva e o buquê

A noiva mais linda e feliz de todas.
O buquê, que veio voando para as minhas mãos duas vezes.
Será que serei a próxima?

Óh!



O momento que percebi que o buquê era meu!!!!
Minha cara de óh, não!!!

Erotika Fair

Mais uma das minhas inclusões ao submundo erótico e pornográfico.
Como pesquisa pra minha produção atual, fui com o Denis (diretor) na Erotika Fair. Confesso que sempre tive uma curiosidade pra essa feira, mas o preço salgadinho me afugentava. Chegamos e descobrimos a promoção do beijo: casal que dá um beijão - que não pode ser selinho - ganha 10 reais de desconto. Não, não, passamos a vez da promoção e preferimos pagar inteira. A mocinha da bilheteria nos explica os vários tiquetes que ganhamos: a entrada pra feira, vale brinde e 5 entradas pras brincadeiras. Brincadeiras? O que são brincadeiras? Na entrada tem uma professorinha que nos conta algumas brincadeiras. Andamos por toda a feira, que é um pouco caída. Não tem muitos expositores e as garotas e michês são meio bizarros. Os caras são piores na verdade. Todos bombados, só de cueca e com bota ou sapato!!! Uma coisa meio brochante.
Resolvemos ir ver a parte gratuita. Encontramos a Tamirys, que está lá tirando fotos pelada com os fãs. Conversamos com ela e deixamos a coisa meio esquematizada. Daí era só voltar pro pavilhão e dar uma última olhada nos transeuntes. Ainda temos direiro a todas as brincadeiras. Dou uma olhadinha no que tem. Sombra erótica, masturbódromo, labirinto (afff, esse eu tô fora, já tive experiência com labirinto pro resto da minha vida), shows e teatro. Resolvemos ver um show. Começa com transformista e depois tem uma menina que tira a roupa. O lugar é minúsculo e o calor gigante. A gente resolve sair antes dos homens tirarem a roupa. Estamos quase indo embora e eu falo pro Denis que quero fazer a massagem erótica. Ele começa a rir e pergunta se é sério. Eu assumo, quero sim. Vamos até a porta e eu falo pra ele, vamos também? Ele enfaticamente diz que não, tem namorada. Eu dou risada e e explico, ninguém vai fazer o que você não quiser.
páro na fila e aguardo. O recepcionista acha que estou com um tio que também está na fila. Esclareço que não, estou sozinha e um michê de cuequinha branca e coturno preto vem me buscar. Vai me conduzindo por um ambiente totalmente escuro e me senta numa cadeira. Começa uma massagem no ombro. Até aí tudo bem, eu bem estava precisando de uma massagem. Daí o cara vem pra frente e começa a esfregar a barriga no meu rosto. Eu me afasto ele percebe que não está agradando. Nesse momento chega um outro e começa massagear meus dedos. Pergunta se tudo bem e continua. Em um minuto um senta no meu colo e o outro começa a se esfregar por trás. Já não tô gostando do negócio. Daí vem a pergunta crucial: você quer chupar meu pau? Eu, meio atônita: não, eu quero ir embora, agora. Pego minha bolsa, levanto e saio correndo. Voltei pra casa com quase todas as brincadeiras no bolso.

somos resultado de uma somatória cuja ordem dos fatores altera totalmente o produto final!

amor
pleno
verdadeiro
inteiro
lindo, lindo!

* toda felicidade. sorte e paciência do mundo!!!!!

** dia muito feliz, almoço especial... bouquet!

mechamaramefalarameunãoquisescutar
agoraestouaquiaflitaincontida
querendomematar

EU QUERO ESTAR ONDE EU DEVERIA ESTAR!

fechei a janela. primeiro desdém do meu amor. foi tão singelo e muito significativo. confesso que não foi fácil. tive ajuda externa da minha flor. soprando no meu ouvido que era hora de fechar a janela e abrir a porta da vida. todavia, fechei a janela. mas veio de longa data o processo lento. primeiro foi a retomada do meu velho jeito. aquele mesmo que estava escondido na gaveta. chamei a beleza. cortei o cabelo. pá. nova em folha. recuperar a auto-estima. sozinha, dançando na pista. até pomada foi pras cabeças. primeiro foi um, depois foi o outro e outro. lembrei do que já havia quase esquecido. olhei meu corpo. então cheguei naquela fase do desapego. querência querente desejante. tudo ganha um ar assim, sexual. parece que brota, aflora. camas, plumas e fronhas. até o dia que fechei a janela. sem explicação e pedidos de desculpas. com o coração doendo. tem que haver um fim para tudo.

Estou com uma raiva tão grande de mim que posso arrancar os cabelos. logo em seguida, cometo uma loucura.

é, a loucura eu vou cometer mesmo que não arranque os cabelos!!!!

se tudo é brasa,
quero ser a madeira que te alimenta!

meu coração negro profundo sentiu uma pontinha de amarelo ouro brotando no fundo. foi seu olhar verde piscina que mirou bem dentro e alumiou os dias...

corpo
oco


sentindo que o tempo passa os dedos nas minhas pernas.
logo, logo, caminhar intenso.
mas os corpos, esses ganharam novo volume.
densidade, simetria.
é tudo tão nosso que perdeu o eixo.
a vida anda adquirindo ritmo frenético.
e o sexo, esse já virou banal.
tão corriqueiro que perdeu a graça.
bom mesmo é no meio de quatro paredes.
nada, mais nada.
dois juntos formando um.

Envaidecida e estupefada por ter alguns amigos comos os meus.

Conseguiram me dar ótimos momentos numa tarde chuvosa. Assim, sem nem ao menos ficarem sabendo.

bom mesmo é ter todos e nenhum ao mesmo tempo.


eu não sei esperar, eu sei fazer com que me esperem.


meu tempo é hoje!

ai, o que eu queria ontem, hoje tenho pavor.
o que eu não queria, hoje acordei tentada.
o que pensei de noite não é o mesmo que agora.
mas o pior é que tomei algumas atitudes...

jamais assino embaixo daquilo que eu digo.
é, eu sou instável mesmo.
e faço drama, meu bem.
cada sentimento é um sofrimento.
faz parte da minha sintonia.

e muda. tudo sempre. frenético movimento. como fumaça. palavra também muda. uma a uma, dente na língua. acaba também. assim como amor, tudo tem um fim. ainda que não limítrofe. separa. dissolve. acaba. recomeça. novo. mudado. mas esse é o barato. conhecer-me sem nunca me conhecer em nada.

cidade em chamas
meu corpo idem
dói cada parte do holograma
inflama semblante ardende
quente vertente
foste que era sem ser coisa alguma
deste asas pra minha imaginação
viva baco e viva a vida
corpo em vários sentidos
copo e veneno
sangue vermelho no lençol
bilhete branco escrito de cinza
remoendo as notas da sinfonia
samba de duas cordas
nossas mucosas e delírio
tão simples quase niilista
dormindo e acordando em mim