14.7.07

rastro de luz. um ato, um erro, um momento. o tempo do tempo cheio de alumiações amarguradas. a vida passa com tamanha desenvoltura que quase escorre por meus dedos. a mesma velocidade do relógio que marca meu dia e meu anseio. sozinha e desenrolada. olhar pleno, inteiro. como se fosse daqui o tempo inteiro. como se conhecesse tudo e todos desde sempre. enraizada, agarrada, enlameada. era isso e eu não sabia. cabeças, corpos, bocas. sensualidade de movimento. é um assopro e um estrondo. chuva fina que praticamente não molha. e são tantas ondas, movimentos e águas que ainda fico admirada. é a vista realmente vale a pena. teve a intensidade do meu descobrimento. assim, se refazendo e renascendo, renovado dentro de mim.

3 Comments:

Alieksandr Míchkin said...

Oi, oi, oi...

A esta altura você já deve estar de volta a SP, né? Acabou que as minhas comemorações de aniversário tiveram que ser adiadas e digamos assim, nem tudo está saindo conforme o meu planejado... acontece!

Só queria dizer que foi muito legal a sua passagem por aqui, viu!? Me fez lembrar que eu tenho outras coisas na cabeça além de AI's e propostas... Estou reativando o meu blog e vou tentar não ficar tanto tempo sem escrever, sem "visitar os amigos", sem exercitar a sensibilidade. É uma promessa.

Beijo pra você e fica bem!

Alex

Naeno said...

AMOR, A MORTE

Águas de emxurradas do amor, quem se arrisca,
A segurar garranchos e se assentar em lodo,
Rio sem futuro, que depois da chuva, vista,
Não terá mais rumo, o que ver de novo.

Bate o vento trazendo a chuva que tudo traz,
Uma esperança, o amor, lembrança de se agarrar,
Uma vontade espessa, algo que nos faz,
Pensar eterno, desejar os restos que se assentarem.

Águas corredias, no sentido contrário,
O amor nos conduzindo pra de novo se largar,
E tomar o leito revertendo, o horário,
Quando mergulhamos loucos por lhe abraçar.

Uma cuspideira, sujeira do mar,
O amor assim quase sempre nos traz,
Já perdido o fôlego, a visão, o ar,
Dá-nos sua boca como um salva vida, e jaz.

Um beijo
Naeno

Anônimo said...

moooolha, molha sim!
=)