11.6.07

como se fosse leve e apenas por ser. com alguma explicação que nem vale a pena. os detalhes ficam pra depois e vai ficando. a vista continua maravilhosa. ainda que não a veja de todo e tampouco em partes. faz parte de uma melodia. um assombro. e vira e volta. a flor ainda me sopra que tenho que dar o passo. revés, talvez. porque é tudo sempre novo, mas ao mesmo tempo é tão igual. se repetindo de um que em quando. transbordando, renovando. mesmo quando descubro é como se preferisse nem saber. porque dói e dá trabalho. e fico enfadigada só de contextualizar. é mais fácil quebrar a cara. desfazer a linha. desatar a meada. tudo bem limpo e superficial. fingindo que sou tantas que não cabem em mim. os borrões da noite toda. pedaços abandonados na neblina. o permear da plenitude. pouca carne e muita saliva. espamos, acasos. lúdica e livre, plainando no ar.

1 Comment:

Mário Liz said...

''mesmo quando descubro é como se preferisse nem saber''.

- é assim que eu me sinto a cada dia quando me renovo ao espelho.


Bjus do Poeta Mário Liz