26.12.06

coisas que não têm preço (em uma cidade no interior de minas gerais)

os sinos da matriz;
o pasto de trás de casa;
cachoeiras pra escolher;
cheiro de casa de mãe no quintal;
sempre as mesmas caras sem rostos;
as finas flores da sociedade interiorana;
chapinha de porcelana dentro de bolsa victor hugo;
cerveja de garrafa 2,50 em todos os lugares;
os “crássicos“ do rock na galera de sempre;
amiga do rio que não vejo nunca;
oi dinda, o tempo inteiro;
sarau no teatro municipal;
a eterna briga pefeitura X conselho de patrimônio;
encontrar conhecido até dentro do banheiro;
abalar as estruturas da comunidade feminina;
tirar onda dos confins e modelitos com o colunista social;
odalisca de trovadorópolis dando show na pista;
drão pagando de gatinho a noite toda;
visitas inesperadas de tarde;
pôr do sol na saideira.

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