26.12.06

foi o tempo cheio. e foi a vida toda. sem perceber, os dias escorriam por seus dedos. não se deu conta. olhou no espelho e viu suas carnes flácidas. as rugas apontando. era tudo novo e não tinha visto. a mocidade que ficou além. outrora amou. outrora foi feliz. depois, tudo virou igual a tudo. os dias eram sempre os mesmo. acordar, trocar, lavar, comer, sair, arrumar, comer, dormir. sozinha, cara a cara com o espelho. deu-se conta do que perdeu. deu-se conta do que se foi. mas agora, plumas ao vento. argila seca, mal aprumada. no seu rosto, desilusão. no seu passo, só descompasso.

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