26.12.06

Teu corpo, poesia!

É brisa, é mato.
É ferro em brasa.
Quente, constante.
Beijo-fogo.
Alucina.
De nós dois,
não sobra nada.
Água, língua, saliva.
Tu és eu,
tu-te-sou.
Na placidez
desse dia,
somos vento...
Vãos por aí.
Nós já somos,
nós...
Embola-rola,
embola-me em ti.
As pernas presas.
Já é extensão de mim.
Termino-me em ti.
Começo-te em mim.
Unidos,
extensos,
dengos,
cheiros,
corpos,
bocas,
línguas,
perdidas,
procuras,
arrepios.
Madrugada,
luz da lua...
Corpos nus.
Eu?
Tu?
Poesia!
Teu corpo rima
com o meu,
em versos de alegria.

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