11.2.07

Ele-Poeta

Entre sonhos grandes e grades certeiras,
Ele-Poeta caminha.
Caminha em versos viveiros, amores morteiros, canteiros de todas as flores.
Flores contidas, abertas. Embriões, botões.
Botinas sem solas em chão de espinhos.
Enxame. Exames de rotina. Retina e artéria. Coração que não pára.
TaquicarDIA. Noite também. Ele Poeta têm noites. Uma noite por hora.
Pores-do-sol nos instantes. Antes mesmo do dia nascer. Nascer no ser.
Tecer ou não ser. Séries de vida. Seriados. De tempo em tempo, temporais. Porões. Ratos. Ritos. E uma brisa rente. Sim, às vezes dias de paz.
É paz, é pedra. E Ele-Poeta caminha. Caminhada. Caminh’alma. Erguendo pontes. Pintando telas. É o verso arco-íris destilando o cinzeiro. Passado de cinza.
Foto de cheiro. É assim o Amor-Primeiro. E o Segundo-Terceiro.
E por fim, adiante... Ele de fato caminha.
Ele-Poeta em verso meu. Eu-Poeta em alma minha.

* Mario Liz

1 Comment:

Anônimo said...

em primeiro lugar, Mário "Liz"onjeado, por estar nesse neste blogg. Este poema é fruto de uma tristeza grande. Tristeza que está a me destilar. Apesar de tudo, estou fazendo bom uso destes dias de pouca calmaria. Poesia aos meus e aos nossos nervos ... é tudo que eu desejo.
Um grande abraço à Camila ... muito obrigado de coração por me colocar aqui ...

carpe diem!