26.12.06

foi estranho. é estranho. não desce. nem com muita cerveja e muito fumo. ardendo na garganta. queima qualquer possibilidade de existência. as palavras ainda trituram. umas a uma. camada densa. mal parado e nunca resolvido. é isso e não há convergência. dois a dois. um ao lado do outro. tudo que eu queria era que me dissesse venha. somos dois estranhos. nada igualmente imaginado. o silêncio mortal. sem estoque de cerveja. ficou mais difícil de engolir. realmente não destrinchamos o passado. ele está tão intrínseco em nós, que chega ser nós mesmo. o peso infindável de ser algo sem nunca ter sido. novamente golpeada, me mantenho sólida. inerte. antiaderente. não há nada que me cause mais estranhamento do que eu mesma. questionamentos travados na memória. o nada entre nossos corpos.

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